O que são os contratos Swap?

SwapsSaiba o que são os contratos swaps. Descubra quais são os riscos e como funciona este tipo de contrato. Perceba porque este contrato financeiro pode apresentar um risco elevado!

Um swap é um contrato financeiro entre duas partes, que acordam trocar fluxos de dinheiro futuros de acordo com uma fórmula predefinida. São contratos feitos à medida, isto é, são realizados com o objetivo de satisfazer necessidades específicas de quem está a fazer o contrato. Este intercâmbio de fluxos de dinheiro, vai sempre evoluindo com uma variável futura, como pode ser o preço de uma determinada ação, as taxas de juro ou o preço de qualquer bem tangível. Dentro deste tipo de intercâmbios, o swap mais conhecido e mais usado em finanças, é o contrato de permuta de taxas de juro. Este contrato está relacionado com uma taxa de juro em concreto. Todos os contratos de intercâmbio têm que estar relacionados com uma quantidade base de cálculo e estabelecer condições de valorização futuras, como o prazo de intercâmbio de pagamentos entre as duas partes. Continue lendo para perceber mais sobre do que se trata os swaps e veja um exemplo real.

Guia completo sobre Contratos Swap

Ao relacionar os swaps com as taxas de juro, podemos encontrar diferentes variáveis de configuração do dito produto. Podemos falar de uma corrente fixa de pagamentos por uma parte e uma referência de tipo fixo para a outra parte ou bem podemos encontrar contratos de permuta referenciados a tipo variável em ambos os casos, mas com taxas de juros diferentes para cada parte, como pode ser a euribor a três meses e a euribor a um ano.

Suponhamos por exemplo, para você entender melhor como funciona o contrato de SWAP aqui fica um caso geral:

  • Base de cálculo – 100 mil euros
  • Contratante A – paga a cada três meses a 3%
  • Duração – 3 anos
  • Contratante B – paga a cada três meses a Euribor a 3 meses, sobre a base de cálculo tomado no primeiro dia do período de pagamento

Com os dados anteriores, A vai ter que pagar a cada três meses 750 euros a B, e B liquidará a taxa de juro correspondente à euribor do dia que começa o período de pagamento. Suponhamos que, no princípio do período, esta taxa de juro se encontrava a 3,5%, com o qual B tem que pagar 875 euros. Com este exemplo, a operação é vantajosa para A, dado que recebe 125 euros mais do que paga.

Dado que uma das variáveis muda de acordo com o tempo, que neste caso são é a taxa de juro referenciadas pela euribor, quando passam os três meses seguintes, já temos uma nova taxa euribor a 3 meses de 2%, por exemplo.

De acordo com estas condições, A terá que pagar 750, mas B pagará 500 euros. Neste caso, esta nova posição traz vantagens para B, que recebe 250 adicionais ao que paga. Não é preciso ser um analista financeiro para se dar conta que este tipo de produtos financeiros tem uma componente de variabilidade e risco importante se as referências determinadas no contrato não são fixas com o tempo.

Segundo os analistas financeiros, a consideração de produtos derivados e complexos tem fundamentalmente dois tipos de usos:

  • Fixar as condições futuras de intercâmbio de bens e serviços;
  • Estabelecer uma operação especulativa;

No caso dos swaps não serem utilizados para uma operação especulativa, é possível desenhar um contrato SWAP de cobertura das taxas de juro, como o produto ideal para proteger-se contra a subida dos juros na sua hipoteca. Desta forma, se você contratar um contrato SWAP onde o fluxo de permuta seja favorável em casos de subida das taxas de juros, é possível amortizar as subidas das taxas na sua hipoteca através dos fluxos de SWAP que você recebe.

Pelo contrário, se as taxas de juro descerem, você vai pagar muito menos dinheiro pela sua hipoteca, mas por outro lado você terá fluxos desfavoráveis no SWAP contratado anteriormente.