Tudo sobre Agências de Rating

Agência de notação financeiraTudo o que deveria saber sobre agências de rating. Fique informado sobre o que são, como afeta a descida do rating soberano e para que servem as classificações.

Com a crise económica e o problema de dívidas em diversos países, é provável que já tenha ouvido falar sobre as agências de rating através da comunicação social. Mas, sabe realmente quais são essas empresas e a que se dedicam? Quais são as diferentes categorias de rating que existem? Que efeitos tem uma descida na classificação do seu país? A Standard and Poor’s (S&P), a Fitch e a Moody’s são as empresas mais populares. Continue lendo para saber tudo sobre estas empresas que podem criar problemas aos países apenas por mudarem a classificação da dívida soberana.

O que é uma agência de rating?

É uma empresa independente cujo objetivo principal é classificar a qualidade de um determinado produto financeiro ou de uma entidade (privada ou pública). Esta classificação ou rating é atribuído através da solicitação da entidade ou instituição que pretende ser avaliada, e mede fundamentalmente o risco de impacto de um produto financeiro ou da solvência de uma entidade ou país.

Apesar de existir uma grande variedade de agências de rating, só quatro é que operam na Europa. As três mais conhecidas são a Standard & Poor’s (S&P), Moody’s e Fitch Ratings, e fecha o círculo a agência canadense DBRS.

Categorias de rating

A avaliação dos riscos é realizado a curto e longo prazo, mas o último tipo de prazo é o mais utilizado. A nomenclatura utilizada não é homogénea nas quatro agências, mas a estrutura está dividida em três grupos semelhantes:

  • Grau de investimento – ativos de alta qualidade, com forte capacidade de fazer frente às suas obrigações financeiras.
  • Grau de especulação ou títulos de alto risco – ativos cuja capacidade para devolução do dinheiro emprestado e juros é duvidosa e pode agravar-se com mudanças adversas nas condições económicas.
  • Especulação com risco – ativos em situação de default (insolvência).

Para que serve as classificações?

Os ratings são classificações que refletem as opiniões independentes que podem servir como orientação aos agentes económicos na tomada de decisões de investimento e gestão de risco nos mercados financeiros. Por exemplo, quanto mais elevado for o rating de uma entidade financeira, maior será a capacidade de pagar as suas dívidas, o que leva a um menor risco e menores custos de financiamento (taxa de juros mais baixas nos seus produtos financeiros).

Desta forma, o investidor poderá, através da classificação, comparar o risco dos diferentes instrumentos negociados nos mercados e fazer uma ideia, de forma rápida e simples, sobre o risco de impacto de cada um deles. A sua vez, o emissor com classificação credível, além de melhorar a sua imagem financeira, amplia a sua base de investidores e facilita a colocação dos seus produtos permitindo uma maior facilidade de acesso ao financiamento.

Como afeta a descida do rating soberano?

Quando uma agência de classificação baixa o rating de uma país, põe em causa a sua capacidade de fazer frente ao pagamento dos juros e à devolução da dívida (obrigações do Estado). Isto supõe um aumento dos seus custos de financiamento e a obrigação de dedicar mais recursos para o pagamento dos juros da dívida.

Além disso, parece razoável pensar que, se o país tem problemas financeiros, também o terão os agentes económicos que operam nele (tanto bancos, como empresas não financeiras), pelo que a agência de rating baixará também a classificação dessas entidades. Normalmente essa classificação soberana serve de “teto” para as classificações do resto dos agentes económico, salvo em casos particulares, como empresas internacionalizadas menos expostas ao risco do seu país.

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